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  • Foto do escritorMaria do Mar Vieira

Estereotipias? O que são?

Atualizado: 15 de set. de 2019




Hoje vou falar-vos de umas das características do autismo.

Estereotipias. Provavelmente já viram alguém a balançar para a frente e para trás ou a mexer muito rapidamente as mãos (flapping) e acharam isso um pouco estranho e não perceberam o motivo disso.

Estereotipias é o nome dado aos movimentos repetitivos bastante comuns em pessoas autistas.

Toda a gente tem este tipo de movimentos, como por exemplo roer as unhas, assobiar ou estalar os dedos, a diferença é que os neurotípicos conseguem ter um maior controlo e domínio desses movimentos ao contrário dos autistas que o fazem com uma maior frequência.

As estereotipias, ao contrário dos que a maioria pensa, não são perigosas e podem ser uma forma de ajudar um autista a organizar-se mentalmente.

Existem vários tipos de estereotipias. Cada autista tem as suas, as que os ajudam mais a acalmar.

Girar em torno de si próprio, andar na ponta dos pés, balançar o corpo para a frente e para trás, repetir frases ou palavras por longos períodos fora de contexto, gritar sem motivo reconhecido e o interesse excessivo em observar objectos que giram são exemplos de estereotipias.

Normalmente quando sentimos pânico ou uma sobrecarga de emoções ou de sentidos, ou seja, quando estamos a captar demasiada informação de fora, ficamos confusos e desorientados e começamos a fazer estereotipias. No meu caso, umas das estereotipias que que mais me ajuda é balançar o corpo para a frente e para trás. Isso ajuda-me a acalmar e a autorregular. É uma sensação mais intensa que se sobressai mais no meio da confusão que sinto e torna-se mais fácil focar-me outra vez. Além desta estereotipia também ouço repetitivamente a mesma música, mexo muito rapidamente as mãos ou digo a mesma palavra durante um longo período de tempo. Neste caso uso estas estereotipias quando estou excessivamente feliz e a fazer algo que me dá muito prazer e preciso de fazer estes movimentos para exteriorizar essas emoções acumuladas dentro de mim.

Elas ajudam-nos a acalmar e têm a função de contacto do individuo com a sua realidade particular, que nos ajuda a autorregular e a concentrar de novo, a estabilizar para podermos enfrentar de novo o mundo real.

As estereotipias são tão úteis e importantes para nós que não se deve impedir um autista de as fazer.

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