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Viagens

  • Foto do escritor: Maria do Mar Vieira
    Maria do Mar Vieira
  • há 13 minutos
  • 2 min de leitura
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Este Verão fui a Berlim com a minha mãe.

No aeroporto usei a cordão do girassol, que significa que tenho uma deficiência invisível e que posso precisar de algum tipo de suporte em algum momento.

Todos os anos eu e a minha mãe fazemos uma viagem juntas. Prefiro viajar com pouca gente. Já viajei com várias pessoas e foi bastante stressante e exaustivo para mim. Viajar com várias pessoas significa adaptarmo-nos ao ritmo de cada um, ao passo de cada pessoa. Cada um anda à sua velocidade, pára para ver isto ou aquilo, e nós temos de estar sempre à espera uns dos outros ou a acelerar o passo quando todos já vão lá à frente. Nem todos querem ir ver as mesmas coisas e temos de nos sujeitar um pouco.

Nem todos têm fome ao mesmo tempo. Eu só sinto fome quando estou mesmo no limite, e nesse momento fico muito fraca e às vezes é difícil lidar com isso.

São várias vozes a falar ao mesmo tempo. Muita coisa para gerir. Estímulos novos de uma nova cidade, a novidade a cada canto, as pessoas nossas conhecidas a falarem, as várias horas a andar que nos deixam cansados, as luzes do fim de dia. Tudo isto leva a sobrecargas. As lágrimas vêm, o querer o silêncio, querer fechar os olhos e só ver escuridão, querer sentar-me e estar sozinha um bocado. Às vezes não há espaço para isso, porque todos querem avançar, andar e continuar a sua viagem. E tenho de seguir em frente e aguentar. Muitas vezes as pessoas não compreendem, e ter de lidar com isso é difícil.

Por isso prefiro viajar com pouca gente e quando viajo só com a minha mãe sinto-me segura e confortável, porque estou com alguém que me compreende e respeita o meu tempo e espaço.

Podemos ir ao nosso ritmo, descansar quando quisermos, comer quando tivermos fome e visitar aquilo que realmente queremos. Posso fugir daquela rua e ir para outra se estiver muita gente e barulho. Posso parar se estiver perto de uma sobrecarga, posso ir mais cedo para o hotel se estiver cansada.

Foi uma viagem incrível. Amei a cidade, muito ampla com muitos espaços verdes. A arquitetura da cidade é lindíssima. E conhecer e estar envolta por toda a história da cidade é fantástico.

Tivemos a oportunidade de ir ao Jardim Zoológico, que era algo que há muito tempo queria fazer. E que Jardim Zoológico lindo! Todos os animais parecem tão felizes, no seu habitat natural construído para eles. Tinham imenso espaço e que felicidade estar no meio daqueles animais todos. Coisa que se fossemos em grupo, provavelmente não daria para visitar. Eu amo animais e ter tido esta experiência foi como ter um sonho realizado.

De regresso usei novamente o cordão do girassol no aeroporto, que me dá prioridade nas filas.

Foi uma viagem muito positiva, onde usufrui e aproveitei ao máximo. Viajar com poucas pessoas, e que te conheçam bem é fundamental.

 

 
 
 

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